Desde 6 de fevereiro, cerca de 150 internacionalistas partiram de Frankfurt em uma caminhada contínua entre várias povoações e cidades da Alemanhã, com destino final em França, Estrasburgo, no dia 12, participando de vários encontros, protestos e homenagens, dirigidos pelas comunidades curdas locais em colaboração com a marcha internacionalista.
Apesar da justa causa da auto-determinação do povo curdo e liberdade para seus prisioneiros(as) políticos(as), que esclarecemos no nosso anterior comunicado, a polícia e estado alemão tem feito várias tentativas de revogação e censura da marcha. Para sermos sinceros(as), não podemos dizer que esta situação nos admira nem um pouco, pois é precisamente por essa justeza que o Estado Alemão se vê obrigado a proteger o seu aliado turco da organização militar imperialista OTAN/NATO, responsáveis conjuntos pela perpetuação da exploração dos povos do médio oriente e dos recursos da região. Exploração esta na qual assenta a economia alemã e dos países ocidentais, apesar da posição ambivalente e oportunista de membros da OTAN, como os EUA, que estão prontos a estender a mão aos curdos quando acreditam poder beneficiar mediaticamente da luta curda contra o fascismo islâmico do DAESH na Síria, para logo depois os abandonar e entregar aos interesses da expansão territorial Turca. Sendo assim, a polícia alemã tem trazido novas ordens judiciais a cada dia com o intuito de barrar a marcha. Começou pela proibição de mostrar o rosto de Abdublah Öcalan, líder ideológico e prisioneiro político por delito de organização separatista na Turquia (isto é, em prole da auto-determinação e fim da política genocida do Estado Turco contra os Curdos e outras minorias culturais e religiosas), preso desde 1999 em isolamento na ilha-prisão de Imrali, e sem poder contactar seu advogado. A repressão sofrida pela marcha continuou com a detenção de dois companheiros por motivos de censura à liberdade de expressão (que acabaram por ser libertos por pressão de manifestantes), pela tentativa de impedir homenagens a Şehids, (mártires - caídos na luta contra o jihadismo islamico), e culminando em novas ordens de proibição de utilizar coletes reflectores que pedem liberdade para Öcalan, retirar parte das bandeiras que sejam alusivas à causa curda, e ainda a proibição de slogans e cânticos, em particular aqueles alusivos à libertação de prisioneiros. Finalmente, o aparelho repressivo do Estado Policial se apresenta com uma esmagadora força desmedida: durante a marcha aproximadamente 200 polícias e 20 carrinhas de intervenção também seguiram as e os solidários, incluso dentro do comboio e para actividades, procurando separar os mesmos, numa proporção de 10 polícias para cada grupo de 6. A Longa Marcha Internacionalista em solidariedade com a causa curda inclui voluntários de toda a Europa, Colômbia, Brasil, Equador, México, Estados Unidos, Marrocos, China e Arménia, entre outras nacionalidades, e ocorre simultaneamente aos encontros das associações, organizações e partidos pró-curdos, e a marcha da juventude curda. A marcha da juventude chegava desde França para se unir com a marcha dos internacionalistas quando sofreu um ataque por parte de um grupo de fascistas turcos, que cremos relacionado com o grupo supremacista e fascista dos lobos cinzentos, que já em outros anos atacaram as manifestações e encontros de solidariedade com o Curdistão na Europa, tendo alguns companheiros sido atingidos por pedradas e feridos até ser possível repudiar os ataques. Continuamos este caminho de resistência, solidariedade, apoio-mútuo e reencontro entre povos e internacionalistas de classe trabalhadora, pelo fim de todos os genocídios e presos políticos de nossas causas, única forma capaz de conquistas liberdade para todos(as), construindo redes de solidariedade. SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA DESDE A REGIÃO DE PORTUGAL! AVANTE A LUTA DOS POVOS E A INSISTÊNCIA NA REVOLUÇÃO POPULAR! LIBERDADE IMEDIATA PARA ABDULAH ÖCALAN E TODOS(AS) PRISIONEIROS(AS) CURDOS! COPOAP - Coléctivo Pró-Organização Anarquista em Portugal
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February 2023
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